Última chance - "No meio do silêncio"
Vá... Chamem-me incoerente, mentirosa, falsa, depressiva, pouco firme ou decidida mas não resisti... A Sofia Braga ainda é uma grande parte de mim, tentei pegar de novo no livro embora tenha apagado as últimas páginas que tinha escrito e que considerei "resíduos literários" e noutro dia estava um bocado em baixo e lembrei-me de consultar o meu psicólogo que está sempre lá quando eu preciso... A escrita. =)
" Todas as vezes que me perco me encontro mas na dor e no pouco conforto que é estar só. Todas as vezes penso onde errei e cada vez mais me afundo na minha única certeza de que nunca nada fiz que não fosse errado. Exagero? Não, muito menos do que isso, consciência, consciência de que qualquer que seja a palavra o tom é sempre mais frio do que eu desejaria, seja qual for o toque o gesto é muito mais brusco do que a intenção… Feitio? Não, muito mais do que isso, razão que me transcende em todo o meu ser, que me reporta todas as minhas forças para um canto da minha alma que folgo em não conhecer. Lado escuro. Lado lunar. Lado negro. Lado mau… Destino, talvez um dia acabe sozinha, eu e esse meu lado que apenas eu não conheço mas de que todos se afastam quando passo, talvez o problema seja meu e eu não perceba as evidências, nunca percebi nada, nem uma palavra do que disseste, nenhum acto que fizeste… Foram inúteis. Porque me quiseste dar sentimentos que eu evito conhecer em ti por não teres direito a sofreres o mesmo que já toda a gente sofreu, a dor comum, o pânico desolador da minha presença e o silêncio… O silêncio… Em que todos os corações batem menos o meu, sala cheia, sala vazia, e todos me olham, não bate, não ouvem bater, já morreu, lamento, no meio do silêncio só eu não me faço ouvir…"
Eternamente vossa,
Sofia**
" Todas as vezes que me perco me encontro mas na dor e no pouco conforto que é estar só. Todas as vezes penso onde errei e cada vez mais me afundo na minha única certeza de que nunca nada fiz que não fosse errado. Exagero? Não, muito menos do que isso, consciência, consciência de que qualquer que seja a palavra o tom é sempre mais frio do que eu desejaria, seja qual for o toque o gesto é muito mais brusco do que a intenção… Feitio? Não, muito mais do que isso, razão que me transcende em todo o meu ser, que me reporta todas as minhas forças para um canto da minha alma que folgo em não conhecer. Lado escuro. Lado lunar. Lado negro. Lado mau… Destino, talvez um dia acabe sozinha, eu e esse meu lado que apenas eu não conheço mas de que todos se afastam quando passo, talvez o problema seja meu e eu não perceba as evidências, nunca percebi nada, nem uma palavra do que disseste, nenhum acto que fizeste… Foram inúteis. Porque me quiseste dar sentimentos que eu evito conhecer em ti por não teres direito a sofreres o mesmo que já toda a gente sofreu, a dor comum, o pânico desolador da minha presença e o silêncio… O silêncio… Em que todos os corações batem menos o meu, sala cheia, sala vazia, e todos me olham, não bate, não ouvem bater, já morreu, lamento, no meio do silêncio só eu não me faço ouvir…"
Eternamente vossa,
Sofia**
4 Comments:
Bem...quem assim "fala" não pode, de todo, ser vazia...toda a riqueza que empregas conflui na pessoa que és. Palavras feias? Palavras bonitas? Todos nós as empregamos. Penso que o que nos diferencia uns dos outros é a intenção, o sentimento, a disponibilidade...
O sentimento é tão mais puro quanto mais desprendido da realidade. Como posso amar se sei o que isso é? Com a intenção de te amar perco-me em dualidades que não são correctas porque tu não és dual. És una...
Adoro. Sabes k adoro tds os textos k xcreves e a distanca k nos separa fax-m ama-los aind mais, uma recordacao dos meus tempos paxados, dos tempos em k xcreviamos um para o outro.
Miss u so much
@ last!!
já tava mesmo a precisar de uma dose de textos teus!
continua magnífico como sempre!
***
Fiquei triste por teres apagado os teus lindos textos, espero que voltes a escrever aqui, é uma forma de eu estar perto de ti.
Adoro-te linda irmã
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